...não do resto da minha vida mas das minhas (tão aguardadas) férias! Desculpem-me as pessoas que: a) ainda não estão de férias; b) não vão ter férias; c) já estiveram de férias e agora estão de volta ao trabalho; d) que se irritam quando os outros falam das suas férias; e) um bocadinho de todas ou quaisquer das opções anteriores, mas eu também ando a levar com fotos e posts do meio mundo que já está (ou esteve) de férias e não morri por isso - não, fiquem tranquilos que a inveja não mata, só corrói um bocado. mas vocês habituam-se.
Mas este post não serve para eu falar daquilo que tenciono fazer ou dos sítios a que pretendo ir. Nestes momentos gosto de parar e fazer uma espécie de balanço. Os meus anos, talvez por ser professora, não funcionam de janeiro a dezembro, vão mais de setembro a julho. Agosto é sempre o mês de paragem (não tenho outro remédio, eu bem que gostava de tirar férias noutras alturas mas não dá) e de perceber aquilo que correu bem, mal ou assim, assim. E de estabelecer novas metas, novas estratégias e, principalmente para mim (desta vez) novos limites.
Este ano aprendi muito. Cometi alguns erros, tive de os reconhecer, claro, e, finalmente, de os corrigir. Percebi que se há sítio onde me sinto bem é na sala de aula, com os meus alunos. Os jovens não cessam de nos surpreender e deparo-me, a cada ano que passa, com vidas tão duras e histórias tão complicadas, que me espanta o poder de encaixe com que alguns deles enfrentam o dia a dia e ainda me vão ensinando tanta coisa ao mesmo tempo.
Pergunto-me sempre se vou conseguir deixar-lhes "a minha marca". Várias vezes me volto a cruzar com antigos alunos, cumprimentamo-nos, conversamos sobre o percurso que seguiram após saírem da escola, recordamos episódios engraçados, curiosos ou mais ou menos dramáticos vividos anos antes. E no ano seguinte, mais um ciclo.
Por outro lado, enquanto profissional (e pessoa, também) aprendi que me devo proteger mais. Falar pouco, ouvir muito, agir bem, pronta e eficazmente. Fazer o meu trabalho e ser mais fria, em vez de me deixar levar pelas emoções. É difícil quando lidamos todos os dias com pessoas (pelo menos para mim) mas sei que vou conseguir. Já não sou nenhuma miúda e tenho idade para ter juízo.
Nunca enfrento a chegada de uma nova etapa com medo mas há sempre aquele friozinho na barriga cada vez que estamos perante o desconhecido. Acho que o friozinho subiu um ou dois graus este ano e que "endureci" um pouco. Será bom? Espero que sim. Os meus alunos contam comigo e eu conto com eles. Vamos lá descansar um bocadinho e em Setembro lá estaremos. Preparem-se! E agora, férias!!!!!!!!!
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