1 de maio de 2015

No escurinho do cinema #2 - uma dose de realidade e outra de fantasia

Depois de uma semana de loucos - com um horário tão "amigo" que, assim que chegava a casa, aterrava no sofá e pronto, já era hora de acordar outra vez - lá consegui umas horas para mim, que usei para ver duas películas que já há algum tempo tinha vontade de riscar da lista dos "pendentes".

Cinderella (2015):

Às vezes penso que nunca serei uma completa adulta porque, mesmo com o passar dos anos, adoro um conto de fadas ou um filme de animação e deliro com ele como se ainda tivesse 9 ou 10 anos. Esta versão da Disney da Cinderella deixou-me logo curiosa quando percebi que a Madrasta seria interpretada pela fabulosa Cate Blanchet e teríamos uma Fada Madrinha bastante atípica, pela mão de Helena Bonham Carter. Gostei de tudo, até do Príncipe, que no início parece demasiado pomposo mas acaba por "aliviar" um pouco esta sua característica com o desenrolar da história e, apesar de obviamente conhecer o final, quase que fiquei com o coração suspenso quando tudo parece estar contra Ella, ou Cinder-Ella, e ela não consegue guardar o sapatinho de cristal que salvou na fuga do baile.
É um filme levezinho, perfeito para um dia de chuva ou quando precisamos de assegurar um "happy ending" que nos deixe mais bem dispostas e com vontade de sermos também "princesas", nem que seja só por um dia.

About a Son (2006):
 Não sei por que razão este documentário/ entrevista me passou ao lado durante tantos anos mas talvez tenha sido algo positivo já que este "About a Son" nos acaba por confirmar tudo aquilo que já tínhamos percebido que tinha sido a vida de Kurt Cobain. Num formato em que nunca vemos filmagens da entrevista em si, apenas vamos ouvindo a voz de Cobain enquanto passam uma série de imagens que podem ser de pessoas, cidades em movimento ou outra coisa qualquer, ficamos a conhecer um pouco mais da atribulada montanha russa que foi a vida deste homem, que morreu antes do seu tempo, atormentado pelo seu passado, pelo seu presente e pelo seu futuro.
Ao longo de uma hora e meia ouvimo-lo falar da relação com o pai, a entrada da música na sua vida, os amigos, os primórdios dos Nirvana e, claro, a chegada de Courtney Love e o frenesim das suas vidas, entre drogas e outros excessos.
Para fãs e não tão fãs, é uma selecção de mais de 80 horas de gravações, com detalhes e pontos de vista do próprio Kurt Cobain que nos permitem perceber que, afinal, também ele vivia num mundo à parte, com lampejos de fantasia pelo meio da crua realidade. Mais um caso de uma grande músico que viveu pouco e pagou caro o consumo de drogas que deixou que o dominasse e dominasse a sua vida.

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