17 de fevereiro de 2015

Os nossos melhores amigos

Todos os dias 17 de Fevereiro celebra-se o dia mundial do gato e a data foi só o pretexto para me sentar em frente ao computador e escrever um pouco sobre um assunto que me é muito querido.

Sempre gostei de animais e lembro-me, que em miúda, dizia muitas vezes que queria ser veterinária quando crescesse. Sempre tive animais em casa, hamsters, peixes, uma gata (que não podia entrar em casa, já que desde cedo me fora diagnosticada uma alergia a pêlos de animais) e até um patinho que me seguia por todo o lado. Curiosamente nunca tive um cão mas a minha grande vontade era ter um gato só meu, em casa, que pudesse estar comigo, deitar-se aos meus pés e ronronar quando lhe fizesse festas.

Tive de esperar muito tempo, mas mesmo muito, até poder concretizar esse sonho. Há três anos e alguns meses veio viver cá para casa uma bola de pêlo que nunca mais me deixou ter uma peça de roupa limpa mas sem a qual já não posso viver. 



Finalmente tinha um gato meu, só meu, todos os dias, de manhã, à tarde e à noite. É estranho mas as alergias nunca mais se manifestaram. No final do ano passado, por precaução, e também rotina, repeti os testes cutâneos e a médica "anunciou" que não existia problema algum comigo e com os pêlos de animais! Uma amiga, que infelizmente perdeu o gato dela há pouco tempo, sempre me disse que quando temos os nossos próprios animais de estimação as alergias parece que desaparecem, tal é o amor que sentimos por eles. Parece que assim foi.








O Sushi entrou cá em casa e "encheu-a", trazendo com ele todas as condicionantes de ter um animal de estimação mas, também, o privilégio de podermos conviver diariamente com um ser que não exige nada de nós, a não ser um pouco de carinho, atenção e brincadeira de vez em quando. Passámos a decidir as férias em função de o podermos levar conosco ou termos com quem o deixar, os fins de semana fora tornaram-se um misto de divertimento e saudades e, quando chegamos a casa, a primeira coisa que procuramos é o local onde ele está a dormir.




Corta-me o coração ver a quantidade de associações que lutam contra o abandono de animais, como tentam sobreviver sem quaisquer apoios e como se tratam em Portugal aqueles que são os nossos mais fiéis companheiros.
Todos os anos há campanhas de sensibilização, que tentam diminuir a quantidade de animais abandonados mas o cenário que temos vivido nos últimos anos também não tem ajudado. 


Não acho que haja necessidade de existir um "dia do gato" ou "do cão", "do canário" ou de outro animal qualquer. Dia do animal é todos os dias e não nos podemos esquecer que eles dependem de nós, não nos pediram para os trazermos para casa e merecem tudo o que há de melhor no mundo. É óptimo ter um animal de estimação (ou vários, se se puder) e chega a ser terapêutico fazer-lhes festas, um verdadeiro tratamento anti-stress. 
Se não puderem, visitem um canil, gatil ou associação protectora de animais, façam um donativo,  algumas horas de voluntariado, levem comida, mantas ou aquilo que a associação necessitar. O olhar de agradecimento dos animais não tem preço, não tem explicação, é tão profundo que até assusta. E faz-nos sentir bem, tão bem. 

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